Empreendedor dá asas a jovens fluminenses por meio da Educação

O empreendedor Bruno Souza dava uma palestra em uma escola em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, quando uma jovem levantou a mão. Mal sabia Bruno o impacto que aquele diálogo teria em sua vida. A aluna compartilhou que gostaria de ser escritora e lançar um livro. Ao ser questionada se já havia começado a escrever, a menina disse que sim, mas que achava que para poder perseguir o seu sonho precisava esperar até se formar e ter uma certa idade.

Terminada a palestra, Bruno foi procurado pela jovem em questão e por mais um aluno da plateia, que também partilhava deste mesmo objetivo e soube de outros colegas que tinham o mesmo interesse. Em uma semana, foi formado o primeiro grupo de um projeto social do Brun Educação (antigo Brun Ensino Personalizado), o Anéis de Júpiter.

“Eu estranhei o nome que eles sugeriram, perguntei se não era Saturno que tinha anéis. E eles me explicaram que Júpiter, que é o maior planeta do nosso Sistema Solar, também tem anéis, mas que não são vistos, assim como eles”, explica Bruno.

Isso o fez lembrar do começo de sua trajetória, quando ainda adolescente dava aula de reforço escolar para outros estudantes. Bruno começou trabalhando de forma gratuita, até que o negócio cresceu e se profissionalizou, se tornando uma rede de projetos e iniciativas que impulsionam escolas e pessoas protagonistas para a educação do futuro.

“Participar do programa Shell Iniciativa Jovem foi o ponto de virada para mim. Eu estava perdido em relação a esse lado empreendedor. Tentei entrar no Iniciativa Jovem em 2013 e não consegui, estava muito imaturo, e resolvi tentar de novo no ano seguinte. Logo no pitch já tive um primeiro feedback que foi muito produtivo, em termos de crescimento. Ali vi que meu projeto era possível e que as pessoas viam valor nele.  A experiência de troca com outros empreendedores foi muito rica. O IJ tem um valor muito importante na minha vida, foi um divisor de águas, um grande start na minha vida empreendedora”, conta.

Bruno em uma de suas formações (crédito: Bruno Souza)

Durante a sua vida, Bruno ouviu de várias pessoas que iria voar e alcançar coisas altas. Mas o que é necessário para voar? Asas. E é assim que nasce o projeto homônimo, que foi selecionado para o Edital de Soluções para Retomada 2022, do Shell Iniciativa Jovem, que oferece apoio financeiro a empreendimentos atuantes na mitigação dos efeitos da pandemia da COVID-19. ASAS é um acrônimo para Autoconhecimento, Sonho, Atitude e Sabedoria, elementos que ajudam os jovens a fazerem seus projetos decolarem.

“Depois de dois anos de pandemia, entrei em 2022 meio desacreditado, querendo desistir de tudo. Tentei o edital em 2020, não fui selecionado, mas novamente  resolvi insistir, porque ao mesmo tempo tinha a confiança de que o meu projeto poderia gerar uma transformação. Foi quando recebi a resposta positiva, que foi um resgate da minha essência empreendedora. Sou imensamente grato ao IJ, até levei o meu troféu para os jovens verem. Eu mudei a minha vida e agora posso ajudar pessoas a mudar a vida delas. Isso eu aprendi com a Shell e com o IJ”, diz Bruno.

O ASAS é um programa de formação de projeto de vida e empreendedorismo para estudantes do ensino médio de São Gonçalo, com objetivo de despertar o protagonismo do jovem, ajudando-o a desenvolver estratégias para colocar seus sonhos em prática e gerar impactos sociais.

Bruno e uma das turmas de jovens do projeto ASAS (crédito: Bruno Souza)

São três etapas: O Despertar (ciclo de palestras nas escolas), Mão na Massa (formação dos jovens e aplicação das ideias) e O Protagonismo (evento de encerramento, apresentação, entrega de certificados e premiação dos jovens, a ser realizado em dezembro deste ano). Ao todo, mais de mil jovens serão impactados de forma direta e indireta. E Bruno já faz planos para o futuro:

“Hoje a minha empresa tem três projetos e um aplicativo, além do serviço de consultoria para escolas, para ajudá-las na parte de comunicação. Eu quero que a minha empresa cresça de forma sustentável, em escala. E desejo formalizar o ASAS, para que ele seja itinerante e também possa ir para a rede particular de ensino”, finaliza.